Extensão da Semana da Composição da ESML no Festival Música Viva 2016

25 MAIO | 21h30 | Laboratório de Música Mista ESML no O'Culto da Ajuda

Jorge Peixinho - Harmónicos I 2B (1986) - quarteto e sistema de delays [piano, harpa, guitarra e vibrafone] - c. 15'

Mariana Vieira - Terspichore (2016)- [Harpa e electrónica] - C. 7' [ Jessica Sá - harpa, Mariana Vieira - electr.]

Maria Nascimento - Plágios (2016) - [fl., guit. semi-acústica e electrónica] - c. 6'

Jorge Peixinho - SaxBlue (1982) - sax e electrónica - c. 14'

Pedro Louzeiro - Comprovisação n.º 3 (2016) - laminas e agrupamento de câmara [ cl. / fl. / sax alto / sax bar. / vno / guit. semi-acústica / bx eléctrico / pno] e sistema algorítmico de improvisação - c. 10'

elementos do Laboratório de Música Mista ESML:

Maria Nascimento - flauta

José Castela - clarinete

Gabriela Figueiredo - saxofone

Philipe Trovão - saxofone

Matilde Andrade - piano

Margarida Vital Andrade - piano / harpa

Jessica Sá - harpa

Tomás Moital - percussão

Miguel Filipe - percussão

Francisco Tomás Henriques - violino

Luís Araújo - guitarra

Joaquim Nascimento - guitarra semi-acústica

Gustavo Neves - baixo eléctrico

Pedro Louzeiro - electrónica

Maria Nascimento - electrónica

Carlos Caires - electrónica

José Luís Ferreira - electrónica

Link para o Festival:

 http://www.misomusic.com/index.php?option=com_icagenda&view=list&layout=event&id=254&Itemid=503&lang=pt#.V0ImrG9j7Ng.facebook

Notas de programa
1 Harmónicos I, 2b (1967-86) - Jorge Peixinho
“Harmónicos” é uma obra que consiste num proposta de improvisação, utilizando pressupostos específicos.
A versão I, datada no manuscrito Novembro de 1967, é para um ou mais pianos e dispositivos de gravação e reprodução em simultâneo; a versão I, 2 b , datada noutro manuscrito Novembro de 1967 / Junho de 1986, é para piano,
harpa, cravo e celesta. Será, eventualmente, uma obra de instrumentação aberta, partindo de pressupostos precisos relativamente à improvisação: “reservatórios” onde se incluem as alturas possíveis (devidamente adaptadas aos
instrumentos presentes) bem como as “regras” e “normas de execução” e a descrição dos dispositivos eletroacústicos de transformação e reprodução ao vivo.
[Monteiro, F. in Projecto “Jorge Peixinho - Edição Crítica das Obras de Câmara”.C.E.S.E.M. - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.]
A versão neste concerto será com piano, harpa, guitarra e vibrafone.
piano: Matilde Andrade
harpa: Margarida Vital Andrade
guitarra acústica: Luís Araújo
vibrafone: Miguel Filipe
electrónica: José Luís Ferreira
2 Terspichore (2016) - Mariana Vieira
terspichore, título que remete para a Antiguidade Clássica - trata-se do nome de uma das 9 musas gregas -, procura criar uma ligação entre o passado e o presente. A instrumentação vem, pois, derivada deste propósito. Por um
lado, a harpa, um dos instrumentos mais ancestrais, e também um relativo próximo do escolhido pela musa que deu o nome a esta peça - a lira. Por outro, a electrónica, um meio que mudou a forma como se encara a música desde
o século passado. É na fusão destes dois mundos que centro a minha atenção.
harpa: Jessica Sá
electrónica: Mariana Vieira
3 Plágios (2016)- Maria Nascimento
Plágios é uma peça de improvisação controlada para três instrumentos, onde os intérpretes, guiados pela electrónica, são livres de tornar uma notação livre em som. Vamos sendo conduzidos de secção em secção por um misto de
ambientes escolhidos pela compositora, através dos efeitos que sugere, dando sempre “asas” à criatividade do grupo, para que cada performance seja única, sem possibilidades de “plágios”.
flauta: Maria Nascimento
guitarra semi-acústica: Joaquim
Nascimento
electrónica: José Luís Ferreira
4 SaxBlue (1982) - Jorge Peixinho
Jorge Peixinho, na escrita desta obra, foi influenciado por uma outra, “Variant-Invariant” também de 1982, do compositor Belga Costin Miereanu. A obra de Miereanu, também para saxofone, tem a particularidade de ser escrita a
pensar no uso da Korg Stage Echo 500 - dispositivo analógico que consistia num sistema de “delays” de fita. Hoje em dia existe grande dificuldade em encontrar este dispositivo. Uma solução encontrada foi a de criar a emulação dos
processos de funcionamento da Korg SE 500 no meio digital, ou seja, no computador. Este trabalho musicológico de recuperação, designado por transferência tecnológica, realizado pelo compositor António de Sousa Dias, permite
agora uma perenidade desta obra. Assim é-nos possível reavivar esta magnifica peça de Jorge Peixinho, tão raramente ouvida.
Saxofones: Philippe Trovão
electrónica: José Luís Ferreira
5 Comprovisação nº3 (2016) - Pedro Louzeiro
A partitura de Comprovisação nº 3 ainda não existe. Ou, então, já não existe. Existe apenas no presente, no momento em que é interpretada. É criada em tempo real a partir de uma improvisação de um solista, através de
algoritmos de composição musical. Quase simultaneamente, é lida à primeira vista por um ensemble de músicos.
É usada uma rede de computadores como interface entre o solista e o ripieno, entre a improvisação e a composição. Um sistema de software chamado "Comprovisador" é usado para gerar a partitura e exibi-la aos músicos do
ensemble. Para além disso, através do "Comprovisador", são manipulados, em tempo-real, parâmetros algorítmicos pela pessoa que dirige a performance, afetando em grande medida o resultado musical em termos de forma,
instrumentação, harmonia, ritmo, densidade, expressão, articulação, entre outros aspectos.Dessa maneira, o "Comprovisador" permite, a quem dirige, a tomada de decisões composicionais, trabalhando em tempo-real sobre o
material musical improvisado, enquanto a improvisação ocorre.
O improvisador, por seu turno, reage e interage com a música que é tocada à sua volta (que é, logo à partida, uma resposta à sua improvisação) formando, assim, uma relação dialética.
O sistema descrito – "Comprovisador" – está, actualmente, a ser desenvolvido por Pedro Louzeiro, no âmbito do programa de doutoramento que leva a cabo na Universidade de Évora, com o apoio financeiro da Fundação para a
Ciência e a Tecnologia (FCT), através de uma bolsa de doutoramento.
Xilofone: Tomás Moital flauta: Maria Nascimento electrónica: José Luís Ferreira
vibrafone: Miguel Filipe Saxofone: Philippe Trovão sistema comprovisador: Pedro Louzeiro
piano: Matilde Andrade e Margarida Vital
Andrade
guitarra semi-acústica: Joaquim
Nascimento
violino: Francisco Tomás Henriques baixo eléctrico: Gustavo Neves

Modificado em terça-feira, 17 abril 2018 19:07

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