Programa

I Parte
Lauda per la Natività del Signore | Ottorino Respighi (1879-1936)
Texto de Jacopone da Todi

Coro de Câmara da ESML
Ensemble de Madeiras da ESML

Carla Simões (Maria) | Soprano
Ana Sofia Ventura (Anjo) | Soprano
Carlos Monteiro (Pastor) | Tenor
Paulo Lourenço | Direcção

II Parte
Le Roi David | Arthur Honegger (1892-1955)
Psaume symphonique en trois parties d’après le drame de René Morax

Coro Sinfónico da ESML
Orquestra Sinfónica da ESML

Elvire de Paiva e Pona | Soprano
Rita Tavares | Alto
Carlos Monteiro | Tenor
Luísa Cruz | Narrador
Paulo Lourenço | Direcção

Sinopses

Lauda per la Natività del Signore

Lauda per la Natività del Signore de Ottorino Respighi é uma obra de cariz profundamente espiritual sobre um texto atribuido ao padre Franciscano Jacopone da Todi (1230–1306), retirado de uma colecção anónima denominada Lauda Umbra. Trata-se de um hino laudatório medieval sobre o nascimento de Jesus Cristo. Esta obra para solistas, coro e pequeno ensemble de madeiras é um fresco que representa de uma maneira contemplativa e bucólica o mistério da natividade. As personagens são Maria, o Anjo e um Pastor que são acompanhados pelo coro que também entra na acção representando os outros pastores e o coro de anjos.
Elsa Respighi, a mulher de Respighi, refere-se a esta obra como uma das preferidas do compositor sugerindo a possibilidade de esta poder ser encenada: “uma mangedoura Italiana dos séculos XV ou XVI (...) o coro e o ensemble instrumental podem ficar fora de cena (…) em vez de uma representação gráfica do menino posto entre Maria e José, poderá somente ser colocado um pequeno berço de palhas ilumidado por dentro. Na cena final, enquanto a iluminação de cena se extingue lentamente, surgirá, cada vez mais forte, a luz das palhas iluminando as faces de Maria e José, ajoelhados em adoração.”

Le Roi David

Le Roi David é uma epopeia Bíblica que representa a gesta do povo Hebreu através do seu rei mais simbólico. É uma narrativa musical dramática e apaixonante que culmina num final apoteótico deixando uma mensagem optimista tão apropriada para combater os tempos difíceis que vivemos.
Porventura a obra mais popular de Arthur Honegger, Le Roi David nasceu em circunstâncias atribuladas. Recomendado por Stravinsky e pelo maestro Suiço Ernest Ansermet, o poeta René Morax encomendou a Honegger, em Janeiro de 1921, a escrita de música incidental para um drama Bíblico sobre a vida do Rei David. Não deixa de ser extraordinário o facto de Honegger ter completado tão grande tarefa em apenas 2 meses, mais ainda quando esta se torna definitivamente a sua obra mais executada em todo o mundo.
De facto, e após o estrondoso sucesso da primeira versão (para coro e orquestra de sopros), à qual se seguiram mais nove apresentações, os autores decidem fazer uma adaptação em versão de concerto que se intitulará Psaume symphonique en trois parties d’après le drame de René Morax, dividido em três partes mas, curiosamente, com os mesmos vinte e sete andamentos da versão original. Os actores são substituídos pelo narrador que é o elemento unificador entre o discurso dramático e a música.