29 de Janeiro | 18:00h | Escola Superior de Música de Lisboa
A harpa dupla, tal como o cravo, teve uma notável divulgação durante o século XVII, sendo um instrumento de baixo contínuo e simultaneamente um magnífico instrumento solista. Construída com duas fileiras de cordas cruzadas permite tocar cromaticamente. O seminário/concerto alternará a informação histórica e organológica com a execução musical, demonstrando o uso da harpa dupla na Europa entre 1550 e 1700, articulando-se em seis pontos:
-Um instrumento redescoberto
-Introdução histórica: breve introdução sobre a origem da harpa dupla, através de material iconográfico, fontes e tratados.
-Os harpistas: A escola napolitana seiscentista. O trio das Damas de Ferrara. Monteverdi.
-As formas musicais: o que se tocava na harpa barroca? Baixos ostinatos, baixo contínuo, tablaturas, peças a solo e obrigadas.
-A música original: execução de peças a solo desde as primeiras em que a harpa é indicada até ao reportório “emprestado” de outros instrumentos. Música de G.M. Trabaci, A. Mayone, Haendel, Frescobaldi.
-A harpa Barberini: instrumento magnífico, um modelo para os construtores.
Veronica Febbi, Harpista (1979) Iniciou os seus estudos musicais muito jovem, começou por tocar piano aos seis anos de idade, seguidamente aos onze anos de idade inicia o estudo da harpa na escola da professora V. Sorrentino no Conservatório O. Respighi situado na sua cidade natal, Latina. localidade a sul de Roma. Durante a carreira escolar, obtém uma bolsa de estudo, com a designação " melhor aluno " patrocinada pelo Ministério da Educação Italiano. Em 2002 graduou-se em harpa de pedais com as melhores notas, nesse mesmo ano inicia actividade como solista acompanhada pela orquestra do Conservatório de Latina. Esta etapa foi acompanhada e orientada pelos seguintes harpistas , A.Bianchi , U.Holliger , O.De Poli, S. Bertuccioli . Em 2003, ganha o concurso para a Orquestra Juvenil do Maggio Musicale Fiorentino, seguindo-se o título europeu de " técnica orquestral ", realiza simultaneamente actividade como solista na temporada da Academia do Maggio Musicale. Desde 2003 colabora como membro da orquestra ou como solista convidada , com a Latina Philharmonia Orchestra, a orquestra Tartini de Latina, orchestra Arts academy de Roma, a orquestra Reate Belcanto Festival em Rieti, Tim Orquestra de Roma, a orquestra barroca dos conservatórios do Veneto. Como parte do ensemble de música de câmara colabora com vários organismos intimamente ligados ao repertório clássico / contemporâneo e barroco; Canto di Eea, Camerata Barocca, Accademia Ottoboni , Circolo delle quinte vuote, Nablium ensemble, Duo Febbi Bono . Em 2007, estudou filologia na prática instrumental e repertório italiano de harpa tripla, um instrumento utilizado durante o período barroco. Em 2013 , conclui de forma brilhante o doutoramento ( diploma de nível II ) de harpa barroca. Aperfeiçoa a técnica instrumental , a pesquisa de repertório e prática do baixo contínuo em harpas históricas com o harpista-pesquisador Mara Galassi no ESMUC de Barcelona. Em 2011 , surge uma gravação para a etiqueta Stradivarius . Em 2012 participa no Festival de Música Antiga de Innsbruck, onde acompanha o violinista Riccardo Minasi , no mesmo ano , ele gravou o álbum " Classical Contemporary Emotions" pelo compositor contemporâneo Roberto Di Girolamo . Como historiadora da harpa, foi oradora convidada no prestigiado Concurso Bucchi em Roma. Harpista celta, solista da banda de Folk Road, actua em importantes festivais de música tradicional do seu país. Em 2013 participa no projecto europeu Leonardo e atualmente exerce a função de professora de harpa antiga, na ESMAE no Porto, em Portugal.
